
Para que os ônibus estejam nas ruas logo de madrugada, diversos profissionais mudam a rotina para garantir o bom funcionamento dos coletivos no dia seguinte. A garagem da Reunidas funciona 24h, sendo no período noturno o horário de movimento mais intenso no local.
A manutenção em qualquer empresa de ônibus é a continuidade do trabalho do fabricante e do recomendado por ele. Mas as empresas devem ter iniciativas e as revisões obedecem a padrões conforme as normas vigentes.

Um processo padrão nas empresas que operam na Rede Metropolitana de Transporte Coletivo - RMTC dá-se logo na chegada a garagem: os ônibus fora de operação, ao término de suas escalas, passam por uma vistoria inicial (interna e externa) e paralelamente têm os dados da operação transferidos para a central de dados do Sitpass.
No tráfego é por onde passam todos as demandas internas e externas da Reunidas. Os auxiliares de tráfego são responsáveis por diversos serviços como a operação do sistema GPS dos ônibus, recebimento dos dados dos validadores e escalação dos ônibus para operação do dia seguinte.
Na vistoria verifica-se também se há alguma avaria ou objetos esquecidos. Neste último caso, os objetos perdidos podem ser reavidos no posto do 'Tá na Mão', no Terminal Bandeiras.

Os manobreiros realizam a movimentação interna dos veículos na garagem e também são os responsáveis por conferir a pressão dos pneus e o estacionamento final de cada veículo.
Manutenção rigorosa
Na Viação Reunidas o plano de manutenção leva em conta a quilometragem rodada, recomendação do fabricante dos componentes e política interna da empresa.
O ônibus termina sua escala planejada, e no recolhimento à garagem todos os dias são rigorosamente vistoriados.
Os motoristas são questionados sobre o funcionamento do veículo, e caso haja alguma inconformidade, é aberto uma ordem de serviço e o ônibus é imediatamente direcionado para a manutenção providenciar os devidos ajustes e deixá-lo disponível para operação.

Existem dois tipos de manutenção para a frota da Reunidas: a corretiva, e a preventiva.

Dentro da manutenção corretiva, têm-se a programada e a não programada.
A primeira refere-se ao atendimento de solicitações de problemas ocorridos no veículo no dia a dia e que não afeta diretamente sua performance na operação e ou desconforto ao usuário, tendo como exemplo as pequenas avarias na estrutura do carro, que geralmente são corrigidas no dia da preventiva do veículo.

Na corretiva não programada são recolhidos os ônibus com problemas eletromecânicos que ocorrem durante a operação do veículo, ou seja, defeitos que o coletivo apresenta e não tem condições de cumprir a escala programada pela operação.
Neste caso, o veículo é recolhido para garagem, onde fazem os devidos reparos necessários; e este ônibus retido é substituído por outro que compõe a frota reserva da Reunidas para executar a operação programada, sem prejuízo no atendimento para o passageiro.

A manutenção preventiva, diferente da corretiva, é um processo mais profundo e detalhado em que obrigatoriamente o ônibus a ser revisado precisa estar fora de escala de operação.
Este tipo de manutenção obedece as quilometragens percorridas pelos ônibus, com um intervalo de 20.000 km entre uma e outra.
Este tipo de manutenção obedece as quilometragens percorridas pelos ônibus, com um intervalo de 20.000 km entre uma e outra.
É feito uma inspeção geral em todos componentes do veículo, como:
Lubrificar catracas, eixo, pinos, jumelos, cardans, entre outros.
Verificar folgas, vigias, lanternas, farol, vazamento de ar, calaústre, cano corrimão, bancos, entre outros.
Revisar cubos de roda dianteiro e traseiro, funcionamento do motor, plataforma elevatória do cadeirante, entre outros.
Trocar lonas de freio, tambor de freio, filtros, óleos, pneus, cruzetas, rolamentos, entre outros.
Quando o ônibus atinge 270.000 km, é feita a troca do motor.
Lubrificar catracas, eixo, pinos, jumelos, cardans, entre outros.
Verificar folgas, vigias, lanternas, farol, vazamento de ar, calaústre, cano corrimão, bancos, entre outros.
Revisar cubos de roda dianteiro e traseiro, funcionamento do motor, plataforma elevatória do cadeirante, entre outros.
Trocar lonas de freio, tambor de freio, filtros, óleos, pneus, cruzetas, rolamentos, entre outros.
Quando o ônibus atinge 270.000 km, é feita a troca do motor.
Todo este trabalho da equipe da manutenção é para evitar a quebra dos veículos nas viagens e trazer transtornos aos usuários. Aliado ao cumprimento das escalas dos motoristas; o ICV - Índice de Cumprimento de Viagens - da Viação Reunidas é superior a 99% (contanto as casas decimais).

Além de refletir diretamente na operação, a falta de priorização viária encarece o serviço de manutenção.
Hoje um dos maiores custos para a Reunidas é com a manutenção da frota, haja vista que por falta de priorização viária, os ônibus passam por operação severa devido a grandes congestionamentos e demais transtornos, que acelera o desgaste das peças e componentes dos veículos.

Com a reestruturação da gestão de processos através do Sian, a Reunidas passou por uma rigorosa adequação financeira do orçamento para a manutenção da frota, pois sempre há reajuste nos itens utilizados na reposição de vários itens que tem vida útil de acordo com o desgaste normal ou por quilometragem rodada.


Os ônibus avariados, seja por conta de acidentes de trânsito ou por ação de vândalos, são totalmente recuperados nas dependências da garagem da empresa.



Responsabilidade ambiental
Além de preservar a mata ciliar do Córrego Cascavel, todos os tanques de abastecimento são externos, já que se for detectada alguma avaria no mesmo a solução é rápida com impactos ambientais mínimos.

Toda a água utilizada nas lavagens dos ônibus (interna e externa) caem nas calhas que vão para os recicladores de água, e após tratada está pronta para ser reutilizada.

Todos os produtos usados na lavagem dos ônibus, seja externo ou interno, são biodegradáveis, 100% ecológicos. Os veículos são dedetizados a cada 15 dias quando se tem a manutenção geral.

Antes de iniciar a lavagem interna, alguns cuidados são tomados: os equipamentos eletrônicos, como o GPS e os validadores são cobertos com uma capa plástica para não serem molhados.
Esta medida de precaução é fundamental, pois gotas de água podem afetar o pleno funcionamento dos equipamentos. Além disso, não joga-se água onde localiza-se o itinerário auxiliar lateral. A limpeza nestes locais são feitas manualmente.
Este é um procedimento padrão não só na Reunidas, mas em todas as concessionárias da RMTC.

Na lavagem interna, os responsáveis usam uma mistura de sabão neutro e desengraxante nos balaústres, bancos e janelas. O composto além de evitar alergias nos que usam diariamente os ônibus, possibilita a limpeza de fuligens, poeira, suor e algumas bactérias.
Para as pichações internas um removedor específico é usado. Na área externa, a parte vandalizada recebe nova pintura.

Periodicamente, os elevadores são desmontados, lavados e lubrificados novamente para o uso. A medida dá-se em função do uso rotineiro, além de eliminar partículas que podem afetar o pleno funcionamento do equipamento de acessibilidade.


Na lavagem externa há duas formas: a manual (porém mais detalhada) e a automática (nos lavadores).


A lavagem manual ocorre quando o ônibus está escalado para a manutenção, seja corretiva ou preventiva. A limpeza é geral, desde interna até o motor.



A lavagem automática ocorre no processo de limpeza noturno diário. A lavagem interna e externa dos ônibus que vão circular no outro dia dura cerca de 15 min.
A lavagem noturna tem que ser rápida porque o ônibus vai rodar no outro dia, então lava-se o piso, degraus, janelas e lava-se externamente no lavador automático.
Como a frota é grande, começa-se a lavar às 18h30 e termina 03h40 da manhã. Às 04h20 sai o primeiro ônibus da garagem para a operação.


É um trabalho complexo que reflete na qualidade do transporte coletivo. Todo este processo, sem dúvida, é um serviço invisível aos olhos dos usuários, mas notório por seus resultados.
